Resenha do livro "A marca de uma lágrima"
Resenha do livro “A marca de uma lágrima”
Sabe, os livros nacionais são ótimos também-se ignoramos
histórias de youtubers que criam narrativas onde eles são a melhor coisa no
Brasil- mas, quando se pensa na literatura nacional, logo vem à mente grandes
nomes como Don Casmurro, A senhora entre outros, porém, A marca de uma lágrima
muda isso.
Olha quando digo mudou entenda que usei o verbo no passado,
esse livro foi criado nos anos 80. Não é necessariamente uma obra que será
estudada por gerações e gerações, mas, conseguiu criar dramas estilo “novela da
rede Globo” para adolescentes e saiu ileso em termos de censura.
Antes de começarmos já me refiro ao meu passado novamente! A
minha escola tinha um projeto para incentivar os alunos a lerem mais e foi
graças a esse projeto que encontrei grandes livros que ainda estão comigo.
Fisicamente ou mentalmente.
Editora-> A editora moderna ainda está com portas
abertas e oferece vários projetos de educação para aqueles que estão
interessados. Detalhe interessante, grandes nomes nacionais da literatura como
Ruth Rocha e Pedro Bandeira ainda fazem parte do grupo.
Notem que Pedro Bandeira é um dos mais conhecidos autores,
pelo menos, em relação aos alunos. Seus livros embora sejam focados para um
público mais jovem ainda fazem sucesso. E detalhe, esse autor continua
escrevendo, vamos dar uma conferida no que ele ainda fazendo!
Outro detalhe a ser mencionado: A logo da editora foi
trocada já tem uns 10 anos. O que significa que essa editora continua
funcionando mesmo sendo uma relíquia do tempo. Uma prova de que modernizar algo
não significa perder a identidade.
Autor-> Olha a cara do simpático! Esse é o autor que nos
deu os Karas-entededores entederão- e também a marca de uma lágrima entre
outras histórias. Mas para termos de uma narrativa mais reta, vamos focar
apenas no livro A marca de uma lágrima.
Sua vida não é notada de grandes polemicas, graças a Deus!
Um paulistano assumido, Pedro Bandeira Luna Filho nasceu no dia 9 de
março de 1942. Ele tem filhos e netos e sim, continua escrevendo.
Esse homem já trabalhou como:
·
Professor
·
Ator
·
Diretor
·
cenógrafo
·
E até teatro de bonecos
O livro-> Olha, Pedro já assumiu também que o seu publico
alvo são os adolescentes. E vale a pena citar que enquanto a gente que ama mistérios
ou intrigas e acha que só estrangeiros podem criar boas histórias com esses
temas, Pedro está aqui provando o contrário.
Ok, mas, o que p livro fala exatamente? Olha, eu juro por
Deus que o que eu vou relatar aqui é a mais pura verdade. Não estou trollando
ninguém.
O livro narra a história de uma menina que está sofrendo um
amor não-correspondido. Oh, que adolescente não sofreu com isso?! Porém, a
coisa fica ainda pior quando o pai da menina –recem viúvo- decide namorar
novamente, mas, espera a coisa fica pior pois parece que um fantasma se
apaixonou pela menina. E agora?
Não vou dar spoilers, mas, prometo que não há fantasmas de
verdade na história. O que eu achei desse livro? Na época, achei muito, muito
cafona porque eu não conseguia entender a protagonista. Ela chorava por amor,
ela chorava pela possibilidade da mãe ter sido morta e fazia poemas para entender
os próprios sentimentos. Gente, eu não sou uma poetisa.
E no final, a menina está entre a vida e a morte,
literalmente.
Aviso, essa história há menções de suicídio, embora acredite
que a ideia era para dramatizar e não para dizer “Suicidio é maneiro!” isso
ainda é um ponto que me incomoda. Saindo um pouco do tema, sabia que há um
livro alemão criado antigamente onde o protagonista se suicidou por amor e
muita gente na vida real copiou a ideia?
Bom, graças a Deus, ninguém copiou essa ideai aqui. Mas, já
aviso que há menções de suicídio e se não tiver estomago para isso, está tudo
bem. Há gostos para tudo.
Agora, com eu mais velha e sábia-até onde eu sei- o que eu
acho da história? Acho bem legal, eu vejo muita gente que ainda acha que drama
só nas medias estrangeiras e temos aqui um bom exemplo de drama feito por um
Brazuca.
Ainda não acho que a
protagonista, por querer morrer por amor não correspondido, me representa de
alguma forma, mas, posso entender ela melhor agora. Uma menina solitária, com
amigos ruins, um pai que toma escolhas ruins e nunca ouve ela e seu único conforto
são livros.
Os outros personagens? Não tenho reclamação. Todos serviram
seus papeis perfeitamente. Até o vilão da história. Repito, essa não é um caso
onde todos as escolas do mundo irão estudar cada personagem ou dialogo, mas,
foi uma leitura agradável (se deixarmos de lado o lance do suicídio) e teve um
final feliz razoável.
Eu recomendaria esse livro? SIM
E eu ainda recomendaria qualquer livro do Bandeiras. Leitura
nacional importa sim!
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