Resenha do livro "A marca de uma lágrima"

by - dezembro 19, 2020

 

Resenha do livro “A marca de uma lágrima”

 






Sabe, os livros nacionais são ótimos também-se ignoramos histórias de youtubers que criam narrativas onde eles são a melhor coisa no Brasil- mas, quando se pensa na literatura nacional, logo vem à mente grandes nomes como Don Casmurro, A senhora entre outros, porém, A marca de uma lágrima muda isso.

 






 

Olha quando digo mudou entenda que usei o verbo no passado, esse livro foi criado nos anos 80. Não é necessariamente uma obra que será estudada por gerações e gerações, mas, conseguiu criar dramas estilo “novela da rede Globo” para adolescentes e saiu ileso em termos de censura.



Antes de começarmos já me refiro ao meu passado novamente! A minha escola tinha um projeto para incentivar os alunos a lerem mais e foi graças a esse projeto que encontrei grandes livros que ainda estão comigo. Fisicamente ou mentalmente.






 

Editora-> A editora moderna ainda está com portas abertas e oferece vários projetos de educação para aqueles que estão interessados. Detalhe interessante, grandes nomes nacionais da literatura como Ruth Rocha e Pedro Bandeira ainda fazem parte do grupo.

Notem que Pedro Bandeira é um dos mais conhecidos autores, pelo menos, em relação aos alunos. Seus livros embora sejam focados para um público mais jovem ainda fazem sucesso. E detalhe, esse autor continua escrevendo, vamos dar uma conferida no que ele ainda fazendo!

 

 

Outro detalhe a ser mencionado: A logo da editora foi trocada já tem uns 10 anos. O que significa que essa editora continua funcionando mesmo sendo uma relíquia do tempo. Uma prova de que modernizar algo não significa perder a identidade.



Autor-> Olha a cara do simpático! Esse é o autor que nos deu os Karas-entededores entederão- e também a marca de uma lágrima entre outras histórias. Mas para termos de uma narrativa mais reta, vamos focar apenas no livro A marca de uma lágrima.


Sua vida não é notada de grandes polemicas, graças a Deus! Um paulistano assumido, Pedro Bandeira Luna Filho nasceu no dia 9 de março de 1942. Ele tem filhos e netos e sim, continua escrevendo.

 





 

Esse homem já trabalhou como:

 

·         Professor

·         Ator

·         Diretor

·         cenógrafo

·         E até teatro de bonecos

 

Capa-> Bem simples, mas, ao mesmo tempo é bem direto em relação a tudo que acontece na história. 



O livro-> Olha, Pedro já assumiu também que o seu publico alvo são os adolescentes. E vale a pena citar que enquanto a gente que ama mistérios ou intrigas e acha que só estrangeiros podem criar boas histórias com esses temas, Pedro está aqui provando o contrário.

 



Ok, mas, o que p livro fala exatamente? Olha, eu juro por Deus que o que eu vou relatar aqui é a mais pura verdade. Não estou trollando ninguém.

 



O livro narra a história de uma menina que está sofrendo um amor não-correspondido. Oh, que adolescente não sofreu com isso?! Porém, a coisa fica ainda pior quando o pai da menina –recem viúvo- decide namorar novamente, mas, espera a coisa fica pior pois parece que um fantasma se apaixonou pela menina. E agora?

Não vou dar spoilers, mas, prometo que não há fantasmas de verdade na história. O que eu achei desse livro? Na época, achei muito, muito cafona porque eu não conseguia entender a protagonista. Ela chorava por amor, ela chorava pela possibilidade da mãe ter sido morta e fazia poemas para entender os próprios sentimentos. Gente, eu não sou uma poetisa.

 

E no final, a menina está entre a vida e a morte, literalmente.



Aviso, essa história há menções de suicídio, embora acredite que a ideia era para dramatizar e não para dizer “Suicidio é maneiro!” isso ainda é um ponto que me incomoda. Saindo um pouco do tema, sabia que há um livro alemão criado antigamente onde o protagonista se suicidou por amor e muita gente na vida real copiou a ideia?

 

Bom, graças a Deus, ninguém copiou essa ideai aqui. Mas, já aviso que há menções de suicídio e se não tiver estomago para isso, está tudo bem. Há gostos para tudo.


Agora, com eu mais velha e sábia-até onde eu sei- o que eu acho da história? Acho bem legal, eu vejo muita gente que ainda acha que drama só nas medias estrangeiras e temos aqui um bom exemplo de drama feito por um Brazuca.

 



Ainda não  acho que a protagonista, por querer morrer por amor não correspondido, me representa de alguma forma, mas, posso entender ela melhor agora. Uma menina solitária, com amigos ruins, um pai que toma escolhas ruins e nunca ouve ela e seu único conforto são livros.

 

Os outros personagens? Não tenho reclamação. Todos serviram seus papeis perfeitamente. Até o vilão da história. Repito, essa não é um caso onde todos as escolas do mundo irão estudar cada personagem ou dialogo, mas, foi uma leitura agradável (se deixarmos de lado o lance do suicídio) e teve um final feliz razoável.

 

Eu recomendaria esse livro? SIM

E eu ainda recomendaria qualquer livro do Bandeiras. Leitura nacional importa sim!

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